segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

O silêncio dos coniventes

Impressiona-me que, até agora, as entidades representativas de todas as categorias ligadas aos servidores públicos e ao magistério, em quaisquer dos níveis, estejam caladas diante dos fatos que se desenrolam em Brasília. A questão que se nos coloca não é defender ou não o Governo Dilma Roussef (PT). É a defesa da democracia brasileira. Que o lema “Pátria Educadora” é uma falácia, não há quem, em santa consciência, duvide. Que o Governo endureceu na última greve dos servidores públicos a ponto de forçá-los a sair do movimento sem nenhum ganho, impossível não reconhecer. Aceitar, no entanto, caladinho, que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e seus parceiros arranque o governo uma presidente eleita pelo voto popular é de uma mesquinharia e de uma falta e respeito pelos princípios democráticos só existente naqueles que, a vida inteira, defendem a democracia “Posto Ipiranga”, ou seja, a democracia de conveniência. Que o Partido dos Trabalhadores (PT) seja arrancado do poder, nas próximas eleições presidenciais, pela força do voto. Assim funciona nas democracias. Mas, chamar os militares de volta ou ser conivente com um impeachment sem crime comprovado, apenas pelo fato de não gostar de quem governa é de uma covardia inaceitável.


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