segunda-feira, 11 de abril de 2016

Os intelectuais de ponta de dedos

Há dias, comentei aqui neste mesmo espaço que Marck Zukerberger, ao criou o Facebook, disse que sonhava em criar um espaço para que as pessoas fossem mais honestas, mais sinceras. Inicialmente, discordei de que as pessoas fossem “mais sinceras” no Facebook. Ultimamente, no entanto, e pelo número de “intelectuais de ponta de dedos”, aqueles especialistas em analisar a realidade brasileira por meio de memes, começo a considerar que Zukerberger tinha razão: as pessoas, pelos menos, os brasileiros, são tão falas no Facebook que chegam a parecer sinceras. Falsas na arte de aparentar uma intelectualidade que não existe e, mais que tudo, sem consistência na demonstração de “estofo” político que tentam demonstrar. Vive-se, na verdade, uma época opaca, vazia, oca. De profundidade absoluta, mas, como se estivéssemos em um fosso sem fim em meio a aridez de um deserto. O intelectual de ponta de dedos faz relações rasas, divide o mundo entre os “contra e os pró-impeachment”. É pouco dado a leituras mais aprofundadas sobre fenômenos e realidade social. Tende a incorporar preconceitos e se nos apresenta como especialista em compartilhar fotografias legendadas. Há muito a ser refletido sobre os ativistas e intelectuais de ponta de dedos: eles empobreceram seriamente o próprio Facebook e a vida política da Nação.


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