Há dias, comentei aqui neste mesmo espaço que Marck Zukerberger, ao criou
o Facebook, disse que sonhava em criar um espaço para que as pessoas fossem
mais honestas, mais sinceras. Inicialmente, discordei de que as pessoas fossem “mais
sinceras” no Facebook. Ultimamente, no entanto, e pelo número de “intelectuais
de ponta de dedos”, aqueles especialistas em analisar a realidade brasileira
por meio de memes, começo a considerar que Zukerberger tinha razão: as pessoas,
pelos menos, os brasileiros, são tão falas no Facebook que chegam a parecer
sinceras. Falsas na arte de aparentar uma intelectualidade que não existe e,
mais que tudo, sem consistência na demonstração de “estofo” político que tentam
demonstrar. Vive-se, na verdade, uma época opaca, vazia, oca. De profundidade
absoluta, mas, como se estivéssemos em um fosso sem fim em meio a aridez de um
deserto. O intelectual de ponta de dedos faz relações rasas, divide o mundo
entre os “contra e os pró-impeachment”. É pouco dado a leituras mais
aprofundadas sobre fenômenos e realidade social. Tende a incorporar
preconceitos e se nos apresenta como especialista em compartilhar fotografias
legendadas. Há muito a ser refletido sobre os ativistas e intelectuais de ponta
de dedos: eles empobreceram seriamente o próprio Facebook e a vida política da
Nação.
Visite também o Blog
Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.