sexta-feira, 22 de abril de 2016

Os mantos sagrados que encobrem o golpe

O golpe em curso no Brasil, engendrado pela mídia, por um vice-presidente ressentido e por uma oposição que não se conforma com as seguidas surras foi vendido para a população empacotado em dois mantos que foram santificados pela própria mídia e tiveram a benção do Supremo Tribunal Federal (STF). O espetáculo dantesco que se viu no dia 17 de abril de 2016 ainda causa náuseas e demonstra, a cada dia e a cada novo deputado preso que eles não são as pessoas mais indicadas para julgar ninguém. Como bem compara o jornalista Juca Kfouri: “ninguém pode ser expulso de campo por ter batido um lateral com os pés em cima da linha.” Nesses casos o árbitro apenas reverte a cobrança. Duvido que até os deputados saibam de o quê tratam as “pedaladas fiscais”. O que se quer é aproveitar um ambiente de crise econômica mundial para arrancar do poder uma presidente eleita democraticamente. Não há, e até agora não houve (pode até ser que apareça) a comprovação de pagamento de despesas pessoais por empresas que do governo se beneficiaram. Aproveitaram-se de um clima provocado por uma operação que investiga corrupção na maior estatal brasileira relacionar os casos de corrupção apurados com o Governo Dilma Rousseff. Com o manto da legalidade a mídia se embrulhou. Dele se aproveitaram 367 deputados para votar pela admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff encobertos pelo manto da moralidade. Falácias e cinismo se juntaram em uma Ópera Bufa com todos os elementos orquestrados de um Golpe em favor da corrupção e não contra.


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