A reitora da Universidade Federal do Amazonas
(UFAM) e o vice-reitor, Hedinaldo Narciso Lima, publicaram nova nota em defesa
da Democracia intitulada “UFAM PELA LIBERDADE DE EXPRESSÃO”. Eis o texto da
nota na íntegra:
“Com inegável papel na construção de uma
sociedade democrática e plural, a comunidade acadêmica da Universidade Federal
do Amazonas (UFAM) acompanha com visível preocupação o contexto político,
econômico e social que nosso País atravessa. Seus membros têm participado dos
debates com diversidade de opiniões, um claro reflexo da livre manifestação do
pensamento inerente à democracia na qual diferentes ideias são compreendidas e
toleradas como características da diversificação humana.
Consciente de sua responsabilidade neste momento
histórico e certa de que a democracia é o mais virtuoso dos regimes políticos,
a UFAM, por sua Administração Superior, crê que a liberdade de manifestação não
deve ser abalada por ações extremistas ancoradas na violência, na desordem e na
instalação do caos.
Neste momento, uma evidente tendência ao
descaminho do debate salutar e necessário de ideias e propostas dá lugar a um
extremado acirramento de posições não apenas divergentes, mas radicais. A
intolerância às opiniões diferentes é preocupante quando surge com força
destrutiva no seio de uma sociedade nomeadamente democrática e tolerante.
Diante dessa situação, rogamos aos manifestantes
que exercitem o respeito às diferenças, para além da crença política de cada
um, contribuindo para fortalecer o direito à livre expressão de ideias e
comportamentos. Essa atitude respeitosa permitirá a presença, nas ruas, de
todos os que se interessarem por essa forma de participação política garantida
pelo Estado de Direito em que vivemos.
Temos a esperança de que as manifestações
previstas para este domingo, dia 17 de abril de 2016, sejam pacíficas e não se
deixem contaminar pelas mensagens estimuladoras do ódio e da violência. Que
todos exerçam em paz e com equilíbrio o direito de se manifestar!
Os valores democráticos devem ser preservados
para não corrermos o risco de um retrocesso capaz de jogar o País novamente nos
tempos sombrios de outrora. Respeitar o pensamento divergente é essencial para
que a violência e ódio não corroam esta democracia construída como a promessa
de uma nova História para o nosso Brasil.”
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