sábado, 10 de setembro de 2016

A Ciência e o pesquisador-operário

A crise e o corte no Orçamento da Ciência e da Tecnologia, no Brasil, traz de volta uma realidade superada por algum tempo, mas, agora, cada vez mais evidente: a do pesquisador operário. No Amazonas, por exemplo, com o auge da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), a figura do pesquisador-operário foi, aos poucos, sendo diminuída. Depois da reformulação da politica de Ciência e Tecnologia do Estado e cortes radicais no orçamento, as bolsas minguaram. E sem bolsas, o número de pessoas que trabalha e estuda tende a aumentar. Com isso, forma-se um círculo que enfraquece os programas pela falta de “dedicação exclusiva” dos estudantes aos Programas de Pós-graduação. Sem poder de dedicar integralmente às pesquisas, essas se tornam frágeis. Há que se separar, pelo jeito, o cientista do pesquisador. E, talvez, se criar a figura do cientista-operário: aquele que é pago integralmente para fazer Ciência.


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