Às veze me pego a conversar comigo mesmo
em busca de pelo menos uma resposta para a pergunta que me incomoda
ultimamente: o que fazer para a Ciência brasileira avançar? Talvez não haja uma
só resposta. Muito, porém, tem de ser feito, tanto na prática científica quanto
nos “aparelhos burocráticos da Ciência brasileira”. Antes, porém, é preciso
vencer o mito da visão tradicionalista que eleva a Ciência a um patamar inatingível.
É como se o “pensamento científico” fosse coisa de Deuses do Olimpo da Ciência,
inatingíveis olimpianos “no modo de pensar”. Eis, quem sabe, a chave para os
avanços necessários: mudar o próprio modo de pensar o “ser e o fazer” da Ciência.
Depois disso, é preciso reestruturar completamente a base de financiamento da
Ciência brasileira. Enquanto a Ciência e alguns cientistas forem braços
aparelhados de distribuição dos recursos que financiam a pesquisa haverá sempre
uma dissonância entre o que se espera e o que se tem da Ciência brasileira.
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