segunda-feira, 18 de maio de 2009

Luva de pelica


O escritor amazonense Márcio Souza deu um tapa na cara da administração atual da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e de todos os pseudo-jornalistas e pseudo-radialistas que me atacaram por ocasião da agressão da qual fui vítima em pleno exercício da minha profissão, dentro das dependências do Auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL).
No artigo “A inviolabilidade do campus”, Souza diz que nem Mesmo na Idade Média, muito menos os senhores feudais, nem os piores ditadores foram capazes de “ofender a liberdade de cátedra”. E continua: “Quando divergiam das opiniões, o professor era excomungado ou ia para a fogueira, mas nunca espancado em sala (grifo nosso). Brutalizar professores por opiniões, mesmo quando se trata de opiniões infundadas, é ato de barbárie inconcebível (grifo nosso). E invocar a honra familiar para justificar a barbárie é confundir propositadamente a solidariedade das famílias com a Ormetá, o Código da Máfia...”.
Em suma, Márcio Souza, confirma que nunca houve na história da humanidade um ato tão bárbaro quanto o ocorrido no auditório da Ufam, dia 11 de maio. Será que o presidente da Assembléia Legislativa do Amazonas (ALE), Belarmino Lins (PMDB) e os demais vassalos que me atacaram leram o artigo de Márcio Souza? Tanto eles quanto os falsos jornalistas e radialistas deveriam fazê-lo. Para aprenderem o que significa o campus de uma universidade.
Márcio Souza, parabéns pelo artigo. Que todos os que necessitam aprendam definitivamente com o tapa com luva de pelica que você os aplicou: “...até mesmo as mais violentas das ditaduras não violaram a sala de aula. Coisa que aconteceu em Manaus, e que se isto ficar impune, é melhor fechar as portas da Universidade Federal do Amazonas porque Manaus não está preparada para a liberdade de cátedra.”
Os vassalos do Rádio, da TV, dos Jornais e da Assembléia Legislativa que defenderem veemente meu agressor não possuem esse discernimento. Para eles, a Ufam com as portas fechadas talvez seja até melhor. Assim, podem perpetuar seus atos bárbaros e ainda serem aplaudidos como o foram por meia dúzia de incompetentes e infelizes. Resistiremos, a não ser que os mesmos bárbaros nos tirem a vida!

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