A definição de intelectual dada pelo o professor doutor Edgard Assis de Carvalho, titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e coordenador do Núcleo de Estudos da Complexidade, na palestra “Edgar Morin e a construção do pensamento complexo”, ocorrida dia 17 de maio de 2011, às 18h, no auditório Rio Solimões, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) não me deixou nenhuma dúvida: intelectual é uma espécie em extinção. Disse ele que o intelectual ”é quem ousa transcender a fronteira disciplinar. Não se rege pela lógica da convenção”. Ora, na universidade brasileira, e não apenas na Ufam, vive-se sob a égide da ditadura da disciplina. A quase totalidade dos currículos é disciplinar e ainda atende pelo nome de “grade curricular”. Quer algo mais aprisionante que uma grade? O pensamento, na universidade brasileira, quiçá nas universidades distribuídas pelo Planeta, é cartesiano, hierárquico. Como conseqüência disso, a lógica administrativa e pedagógica da universidade é a convenção. Meu caro Edgard Assis de Carvalho, derrubar os muros disciplinares e das convenções é para poucos. Talvez por isso as gavetinhas das convenções disciplinares sejam abertas diariamente nas salas-de-aulas. Que Edgar Morin viva mais 90 anos e consiga se reproduzir em todas as namoradas que tem ao redor do planeta. Ou a espécie será extinta!
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