segunda-feira, 15 de junho de 2020

Coerências diametralmente opostas

Hoje pela manhã, conversava com uma amiga, que é política, sobre “amor”, após ter enviado uma mensagem matinal, como o faço sempre. A de hoje versava sobre o amor. Dentre outras coisas, ela me disse: “Gostei, romântico. O amor não escolhe, cor, posição social. É um troço que a gente não controla, por isso vou amando no silêncio, quem sabe um dia serei amada.” Retruquei: “em verdade, eu vos digo: ou você mantém a coerência política ou ama! As duas coisas são incompatíveis!” É algo que se descobre com o tempo. O amor avassalador não pede licença. Nem bate à porta: entra. Deve ser algo muito louco uma pessoa de um lado do espectro político amar perdidamente uma pessoa lá do outro lado. Nem que seja do Centrão. Fico a imaginar o respeito levado ao extremo para manter o amor: os dois saem domingo pela manhã. Um para a manifestação “volta ditadura, pelo AI-5, fim do STF e do Congresso” e do outro “pela Democracia, contra o racismo”. Terminadas as manifestações, voltam para casa, se abraçam e se beijam na entrada, nunca mais ligam a TV para não serem influenciados pela Record ou pela Globo e são felizes “para sempre” até que a próxima manifestação vos separe! O amor é mesmo lindo!

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