Uma coisa me chamou a atenção no acidente envolvendo três veículos, ontem, na Universidade Federal do Amazonas (Ufam): há uma aura de sagrado naquele espaço, só profanado quando se ousa pronunciar a palavra PEDOFILIA. Enquanto fotografava os veículos envolvidos no acidente, percebi que vários telefonemas foram dados para “amigos dentro do Detran” na tentativa de levar a Perícia Técnica ao local. Pelo menos até às 13h de ontem, todas fracassadas. As respostas eram sempre as mesmas: só entrariam na Ufam com autorização da reitoria. Não sei se porque nenhum dos carros portava o adesivo “TODOS CONTRA A PEDOFILIA” ou não havia nenhuma camiseta do movimento nos veículos ou nos corpos dos seus condutores e passageiros, mas, era claro o respeito do poder estatal ao espaço sagrado da liberdade. Não foi o que ocorreu nas eleições do ano passado, quando um estudante foi preso e professores perseguidos pela Polícia Federal, creio eu, sem a autorização da reitoria para que o espaço fosse profanado. Muito menos quando o irmão do atual governador agrediu-me, no dia 11 de maio de 2009. É um alento, porém, saber que a Ufam não virou “terra-de-ninguém”. Pelo menos em alguns casos.
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