O sistema de votação direta para as reitorias das universidades brasileiras precisa ser repensado. Durante muitos anos foi a marca da resistência e da luta política por eleições diretas. Com o advento da democracia, o vício da política local (de cada lugar) foi empurrado para dentro da universidade brasileira. Conluios, acordos e troca de cargos passaram a fazer parte do dia-a-dia e são encarados com a maior naturalidade. Não posso admitir que, na universidade, as mesmas práticas políticas, ou até piores, sejam regra. É preciso repensar as escolhas. Como está, põe em risco a própria sobrevivência da universidade como locus do saber e da ousadia. Além da revolução didática que sempre preconizei, começo a entender que se precisa, também, de uma revolução administrativa, em acordo com a mudança no processo de ensino-aprendizagem. Da mesma forma, é necessário repensar o processo de escolhas dos dirigentes. Não defendo, de forma nenhuma, que deixe de ser democrático. No entanto, ou se pensa em uma solução radical, como o retorna das eleições diretas com voto universal ou haverá sempre acordos espúrios entre quem tem mais poder para decidir as consultas. E isso não é justo.
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