terça-feira, 9 de julho de 2013

A ânsia de controle dos professores

Recentemente, ao conversar com um colega professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) sobre o Programa de Mídias Digitais da Ufam (ECOEM/Ufam) e as possibilidades de se criar uma sala multimídia para servir vários cursos da área de Ciências Exatas ele comentou:"Podemos implantar, em teste, um sistema de controle eletrônico dos estudantes como na UEA". Considerei o assunto "controle" bastante interessante. Afinal, como professor de administração em jornalismo (e mestre na área), lembro sempre do beabá da Administração: planejamento, organização, direção e controle. É óbvio que nenhuma Organização, estatal ou não, pode ser gerida sem a função controle. É muito justa, inclusive, a preocupação dos professores com o controle dos estudantes, mas, quem controlará os professores? Serão, também, controlados eletronicamente? Nas universidades brasileiras, aliás, parece haver um tabu quando se fala em "controle" de frequência, tanto de professores quanto de Técnicos Administrativos em Educação (TAEs). Esses últimos, aliás, rebatem, quase sempre, que aceitam ter o controle das entradas e saídas, "desde que os professores também sejam controlados". Alto lá! Do tripé Ensino, Pesquisa e Extensão, há com certeza, necessidade de se controlar, até eletronicamente, as atividades de Ensino desenvolvidas pelos professores. Em se tratando de Pesquisa e Extensão, no entanto, o controle não pode e nem deve ser tão rigoroso. O certo é que o assunto não pode ser tratado em separado. Que é preciso um controle mais refinado da frequência dos estudantes em sala de aula, isso ninguém pode negar. Não se pode negar, também, que é impossível a universidade brasileira prestar um serviço de Ensino com excelência se os professores compareceram às aulas quando quiserem. O mesmo se pode dizer dos TAEs. Trata-se de um tema espinhoso? Sem dúvidas, mas, precisa ser enfrentado.


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Um comentário:

  1. Verdade, mas acredito que a produtividade dos professores deveria balizar mais sua dedicação e deveria também haver um estudo em cada área pra verificar o envolvimento efetivo dos docentes em ensino, pesquisa e extensão, e algumas vezes administração, pra criar uma estratégia de controle mais condizente com as atividades de determinado professor, muito mais do que um mero controle eletrônico que realmente fica restrito somente a atividade docente. De outra maneira, quem faz muito produz muito e quem faz pouco produz pouco ou quase nada, essa lógica faz muito sentido e deveria ser levada mais em conta também. Pena que não tem como contabilizar madrugada e final de semana...Como tudo na vida existem os dois lados da moeda, isso serve pra muitos mas não para todos. Profa Tatiana (UFAM)

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