Quando
tenho de discutir com alguns dos meus colegas professores e professoras da
Universidade Federal do Amazonas (Ufam) o uso das Mídias Digitais vem sempre a
mesma pergunta:"Mas, como vamos controlar os alunos?". Esta é uma
visão tão velha e equivocada do processo educacional que cheira a mofo com
toques de enxofre. Infelizmente, ainda é uma visão que vem do núcleo
educacional familiar. Cada vez com maior força. Não sei se sou modelo para
nada, mas, desde que me entendo por gente, ainda em Sena Madureira, minha terra
natal, jamais suportei ser controlado. Quero ser livre até para me prender!
Será que há algum ser humano normal que goste da viver na prisão? E o que fazer
quando a escola se transforma em um espaço meramente de punição e controle? Sou
daqueles que defende, com unhas e dentes, que o maior patrimônio de uma
universidade é a capacidade de interferir e mudar a vida das pessoas. Não se
faz isso, porém, enquanto o foco for uma espécie de afã pelo controle. Em
ambiente de liberdade, as pessoas fazem as coisas porque são convencidas a
fazê-las. A sala de aula, então, deve ser uma espaço permanente para o
exercício desta prática. Nosso maior desafio é que a presença não seja,
digamos, corporal. Pouco vale um estudante que responde à chamada e depois se
ausenta completamente do espaço da aula. Ou a aula se transforma em uma espaço
para a troca constante de saberes ou teremos, quase sempre, estudantes
presentes corporalmente, mas, ausentes mentalmente. E, com ausência mental, não
há troca de saberes.
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