sábado, 13 de julho de 2013

A presença real e a ausência virtual

Quando tenho de discutir com alguns dos meus colegas professores e professoras da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) o uso das Mídias Digitais vem sempre a mesma pergunta:"Mas, como vamos controlar os alunos?". Esta é uma visão tão velha e equivocada do processo educacional que cheira a mofo com toques de enxofre. Infelizmente, ainda é uma visão que vem do núcleo educacional familiar. Cada vez com maior força. Não sei se sou modelo para nada, mas, desde que me entendo por gente, ainda em Sena Madureira, minha terra natal, jamais suportei ser controlado. Quero ser livre até para me prender! Será que há algum ser humano normal que goste da viver na prisão? E o que fazer quando a escola se transforma em um espaço meramente de punição e controle? Sou daqueles que defende, com unhas e dentes, que o maior patrimônio de uma universidade é a capacidade de interferir e mudar a vida das pessoas. Não se faz isso, porém, enquanto o foco for uma espécie de afã pelo controle. Em ambiente de liberdade, as pessoas fazem as coisas porque são convencidas a fazê-las. A sala de aula, então, deve ser uma espaço permanente para o exercício desta prática. Nosso maior desafio é que a presença não seja, digamos, corporal. Pouco vale um estudante que responde à chamada e depois se ausenta completamente do espaço da aula. Ou a aula se transforma em uma espaço para a troca constante de saberes ou teremos, quase sempre, estudantes presentes corporalmente, mas, ausentes mentalmente. E, com ausência mental, não há troca de saberes.


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