A palestra
"Ciência e Sociedade", ministrada ontem, às 19h, na abertura da comemoração
dos 10 anos da Fundação de Amparo À Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), no
Elegance, bem que poderia ser denominada "O físico como centro do
universo". Talvez fosse muito mais exata. O professor global Marcelo
Gleiser, não sei se por ato falho ou não, começou a palestra com a seguinte
afirmação:"A Fapeam demonstra estar no caminho certo ao convidar um físico
para fazer a palestra de comemoração dos seus 10 anos..." Depois da frase
de abertura, qualquer coisa que o fantástico físico dissesse não teria a menor
importância. Ainda assim, lá pelas tantas, Gleiser me fez ter vontade de soltar
uma gargalhada ao afirmar que na Amazônia há cidades que aparecem e desaparecem
com as cheias e vazantes. Claro, como bom e educado espectador, tomei a
quase-piada como um equívoco na escolha das palavras. No mais, afora o
cerimonial ter ignorado completamente o reitor da Universidade do Estado do
Amazonas (UEA) e a reitora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a Fapeam
merece a festa que teve. Ao fim de tudo, uma coisa me chamou a atenção: o nome
da Ufam não foi mencionado, nenhuma vez, durante toda a cerimônia. O presidente
do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius
Oliva, bem que tentou. Até insinuou que aqui, "o espírito
universitário" começou há mais de 100 anos. Mas, o nome da Ufam que é bom,
nada. Fiquei com a impressão que um vírus deve ter apagado, em cima da hora, o
nome da Ufam de onde, merecidamente, deveria ter constado. Os avanços
tecnológicos não conseguem barrar essas falhas não controladas pelos humanos
Coisas da vida moderna!
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