domingo, 7 de julho de 2013

Os erros nas adaptações de sistemas

O maior erro cometido pelas universidades brasileiras é considerar que um sistema desenvolvido em uma instituição pode ser facilmente adaptado a outra. Isso só seria possível se todas as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) funcionassem exatamente iguais. Como isso não ocorre, o caminho mais pedagógico e capaz de, efetivamente, desenvolver Ensino, Pesquisa e Extensão de modo indissociáveis seria investir no desenvolvimento de cada sistema envolvendo professores, estudantes e técnicos das mais diversas áreas a fim de que sejam "criados" sistemas capazes de serem usados pelas pessoas da forma mais simples possível. Caso contrário, qualquer sistema, por mais que seja avançado, tem imensa probabilidade de fracassar. Penso que a Ciência da Computação, aliada aos demais setores da Informação e da Comunicação, com toques de Gestão, em qualquer universidade brasileiras, é capaz de desenvolver um sistema que reflita o que as pessoas fazem no dia a dia. É autoritária, tanto do ponto de vista político quando das relações humanas, comprar um sistema e obrigar as pessoas a fazer o que o tal sistema prescreva. Um bom sistema, para ser aceito socialmente e usado naturalmente, tem de ser capaz de apresentar soluções para o que as pessoas fazem no dia e dia e não obrigar as pessoas a fazerem o que ele (o sistema) quer. O sucesso mundial do Facebook é uma demonstração clara e evidente de que a perspectiva autoritária dos sistemas inteligentes tende ao fracasso. Qualquer universidade que queira implantar sistemas inteligentes deve, acima de tudo, respeitar seus próprios colaboradores. Comprar um sistema sem ouvir estudantes e professores da área, além de representar um desprestígio inaceitável, desvaloriza as mentes produtivas da própria Instituição.


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