domingo, 28 de julho de 2013

Escolher bem o orientador é fundamental

Ao publicar a postagem "O que não se deve fazer em uma tese ou dissertação" o fiz como forma de brincar um pouco com as regras e as dicas que circulam, tanto na Internet quando em sala de aula, sobre a elaboração de Trabalhos de Conclusão de Cursos (TCCs), Dissertações e Teses. Trago outro texto engraçado, porém, interessante para se refletir sobre o processo de elaboração de um trabalho acadêmico de acordo com os cânones atuais. "A tese do Coelho" é um texto apócrifo que circula, via internet, entre os estudantes e professores de Pós-graduação do País. Se você não o conhece, dê boas risadas:

"Num dia lindo e ensolarado, o coelho saiu de sua toca com o notebook e pôs-se a trabalhar, bem concentrado. Pouco depois, passou por ali uma raposa e viu aquele suculento coelhinho tão distraído, que chegou a salivar. No entanto, ficou intrigada com a atividade do coelho e aproximou-se, curiosa:
- Coelhinho, o que você está fazendo aí, tão concentrado?
- Estou redigindo a minha tese, disse o coelho, sem tirar os olhos do trabalho.
- Hummmm... e qual é o tema da sua tese?
- Ah é uma teoria provando que os coelhos são os verdadeiros predadores naturais das raposas.
A raposa ficou indignada:
- Ora!!! Isso é ridículo!!! Nós é que somos os predadores dos coelhos!!
- Absolutamente! Venha comigo à minha toca que eu mostro a minha prova experimental.
O coelho e a raposa entram na toca. Poucos instantes depois se ouvem alguns ruídos indecifráveis, alguns poucos grunhidos e depois... silêncio...
Em seguida, o coelho volta, sozinho e, mais uma vez, retoma os trabalhos de sua tese, como se nada houvesse acontecido.
No outro dia, passa um lobo. Ao ver o apetitoso coelhinho, tão distraído, agradece mentalmente por estar com o seu jantar garantido. No entanto, o lobo também acha muito curioso um coelho trabalhando naquela concentração toda. O lobo resolve então saber do que se trata aquilo tudo, antes de devorar o coelhinho:
- Olá, jovem coelhinho! O que o faz trabalhar tão arduamente.
- Minha tese, seu lobo. É uma teoria que venho desenvolvendo há algum tempo e que prova que nós, coelhos, somos os grandes  predadores naturais de vários animais carnívoros, inclusive dos lobos.
O lobo não se conteve e riu às gargalhadas da petulância do coelho.
- Ah, ah, ah, ah!!! Coelhinho, apetitoso coelhinho! Isto é um despropósito. Nós, lobos, é que somos os genuínos predadores naturais dos coelhos. Aliás, chega de conversa...
- Desculpe-me, mas, se você quiser, eu posso apresentar a minha prova experimental. Você gostaria de me acompanhar à minha toca?
O lobo não consegue acreditar na sua sorte.Ambos desaparecem toca adentro. Alguns instantes depois se ouvem uivos desesperados, ruídos de mastigação e... Silêncio...
Mais uma vez o coelho retorna sozinho, impassível e volta ao trabalho de redação de sua tese, como se nada houvesse acontecido.
Dentro da toca vê-se uma enorme pilha de ossos ensangüentados, pelancas de diversas raposas e, ao lado, outra pilha ainda maior de ossos e restos mortais daquilo que um dia foram lobos.
No centro das duas pilhas de ossos um enorme LEÃO, satisfeito, bem-alimentado, a palitar os dentes.
MORAL DA HISTÓRIA:
1 Não importa quão absurdo é o tema de sua tese;
2 Não importa se ela não tem o mínimo fundamento científico;
3 Não importa se os seus experimentos nunca cheguem a provar sua teoria;
4Não importa nem mesmo se suas idéias vão contra o mais óbvio dos conceitos lógicos...
5 O que importa é QUEM É O SEU ORIENTADOR!!!..."

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OBS: Post do dia 27/07/2013

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