Ao
publicar a postagem "O
que não se deve fazer em uma tese ou dissertação" o fiz como forma de
brincar um pouco com as regras e as dicas que circulam, tanto na Internet
quando em sala de aula, sobre a elaboração de Trabalhos de Conclusão de Cursos
(TCCs), Dissertações e Teses. Trago outro texto engraçado, porém, interessante
para se refletir sobre o processo de elaboração de um trabalho acadêmico de
acordo com os cânones atuais. "A tese do Coelho" é um texto apócrifo
que circula, via internet, entre os estudantes e professores de Pós-graduação
do País. Se você não o conhece, dê boas risadas:
"Num
dia lindo e ensolarado, o coelho saiu de sua toca com o notebook e pôs-se a
trabalhar, bem concentrado. Pouco depois, passou por ali uma raposa e viu
aquele suculento coelhinho tão distraído, que chegou a salivar. No entanto,
ficou intrigada com a atividade do coelho e aproximou-se, curiosa:
-
Coelhinho, o que você está fazendo aí, tão concentrado?
-
Estou redigindo a minha tese, disse o coelho, sem tirar os olhos do trabalho.
-
Hummmm... e qual é o tema da sua tese?
- Ah
é uma teoria provando que os coelhos são os verdadeiros predadores naturais das
raposas.
A
raposa ficou indignada:
-
Ora!!! Isso é ridículo!!! Nós é que somos os predadores dos coelhos!!
-
Absolutamente! Venha comigo à minha toca que eu mostro a minha prova
experimental.
O
coelho e a raposa entram na toca. Poucos instantes depois se ouvem alguns
ruídos indecifráveis, alguns poucos grunhidos e depois... silêncio...
Em
seguida, o coelho volta, sozinho e, mais uma vez, retoma os trabalhos de sua
tese, como se nada houvesse acontecido.
No
outro dia, passa um lobo. Ao ver o apetitoso coelhinho, tão distraído, agradece
mentalmente por estar com o seu jantar garantido. No entanto, o lobo também
acha muito curioso um coelho trabalhando naquela concentração toda. O lobo
resolve então saber do que se trata aquilo tudo, antes de devorar o coelhinho:
-
Olá, jovem coelhinho! O que o faz trabalhar tão arduamente.
-
Minha tese, seu lobo. É uma teoria que venho desenvolvendo há algum tempo e que
prova que nós, coelhos, somos os grandes
predadores naturais de vários animais carnívoros, inclusive dos lobos.
O
lobo não se conteve e riu às gargalhadas da petulância do coelho.
-
Ah, ah, ah, ah!!! Coelhinho, apetitoso coelhinho! Isto é um despropósito. Nós,
lobos, é que somos os genuínos predadores naturais dos coelhos. Aliás, chega de
conversa...
-
Desculpe-me, mas, se você quiser, eu posso apresentar a minha prova
experimental. Você gostaria de me acompanhar à minha toca?
O
lobo não consegue acreditar na sua sorte.Ambos desaparecem toca adentro. Alguns
instantes depois se ouvem uivos desesperados, ruídos de mastigação e...
Silêncio...
Mais
uma vez o coelho retorna sozinho, impassível e volta ao trabalho de redação de
sua tese, como se nada houvesse acontecido.
Dentro
da toca vê-se uma enorme pilha de ossos ensangüentados, pelancas de diversas
raposas e, ao lado, outra pilha ainda maior de ossos e restos mortais daquilo
que um dia foram lobos.
No
centro das duas pilhas de ossos um enorme LEÃO, satisfeito, bem-alimentado, a
palitar os dentes.
MORAL
DA HISTÓRIA:
1 Não
importa quão absurdo é o tema de sua tese;
2 Não
importa se ela não tem o mínimo fundamento científico;
3 Não
importa se os seus experimentos nunca cheguem a provar sua teoria;
4Não
importa nem mesmo se suas idéias vão contra o mais óbvio dos conceitos
lógicos...
5 O
que importa é QUEM É O SEU ORIENTADOR!!!..."
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OBS:
Post do dia 27/07/2013
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