Ao
anunciar um corte de mais R$
10 bilhões ontem, dia 22 de julho, no Orçamento de 2013, o Governo Federal
fez questão de esclarecer que as áreas consideradas estratégicas, saúde,
educação e políticas sociais, não serão atingidas. O objetivo do corte é manter
o "superavit primário" assumido pelo Governo Dilma Rousseff junto aos
credores brasileiros.
Para
quem não sabe, o "superávit primário" é o quanto o Governo consegue
economizar mais do que gasta e essa "sobra" é usada para
"pagamento dos juros da dívida pública", ou seja, para os
especuladores do mercado financeiro. Ainda que haja essa "garantia
pública" de que a saúde e a educação não serão atingidas pelo corte, a
história revela que é sempre bom manter as barbas de molho.
A
mim me parece que, a cada ano, os congressistas "engordam"
artificialmente o Orçamento, com a anuência, do Governo Federal para que, em
seguida, sejam anunciados cortes significativos. Com isso, se tem a impressão
permanente de que o Governo é austero e corta na própria carne para manter o
compromisso assumido com os banqueiros e especuladores internacionais. Firma-se
uma espécie de pacto entre uns que fingem acreditar e os outros também. Para
nós da Educação, com o perdão do trocadilho infame, deixa-nos tranquilos saber
que Governo só tentar atingir o superavit primário. Ruim mesmo será quando
começar pelo superavit no primário e chegar até a Pós-graduação.
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