terça-feira, 23 de julho de 2013

Educação não será atingida com o corte de 10 bilhões

Ao anunciar um corte de mais R$ 10 bilhões ontem, dia 22 de julho, no Orçamento de 2013, o Governo Federal fez questão de esclarecer que as áreas consideradas estratégicas, saúde, educação e políticas sociais, não serão atingidas. O objetivo do corte é manter o "superavit primário" assumido pelo Governo Dilma Rousseff junto aos credores brasileiros.
Para quem não sabe, o "superávit primário" é o quanto o Governo consegue economizar mais do que gasta e essa "sobra" é usada para "pagamento dos juros da dívida pública", ou seja, para os especuladores do mercado financeiro. Ainda que haja essa "garantia pública" de que a saúde e a educação não serão atingidas pelo corte, a história revela que é sempre bom manter as barbas de molho.
A mim me parece que, a cada ano, os congressistas "engordam" artificialmente o Orçamento, com a anuência, do Governo Federal para que, em seguida, sejam anunciados cortes significativos. Com isso, se tem a impressão permanente de que o Governo é austero e corta na própria carne para manter o compromisso assumido com os banqueiros e especuladores internacionais. Firma-se uma espécie de pacto entre uns que fingem acreditar e os outros também. Para nós da Educação, com o perdão do trocadilho infame, deixa-nos tranquilos saber que Governo só tentar atingir o superavit primário. Ruim mesmo será quando começar pelo superavit no primário e chegar até a Pós-graduação.


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