terça-feira, 29 de abril de 2014

Cientistas que não pensam cientificamente

É espantoso que nós, os cientistas, ainda tenhamos uma estrutura de pensamento que nada tem que ver com a Ciência. Assim como se espalhou a notícia da greve da Polícia Militar (PM), em Manaus, e muitos de nós entrou em pânico. Da mesma foram, quase sempre volta o assunto do "adoecimento dos professores". E, também quase sempre, se atribui ao exercício da profissão o adoecimento. Ainda bem que temos colegas criteriosos como o professor Marcos Palácios, da Universidade Federal da Bahia (UFBA) que, em uma das listas das quais participo, mandou este recadinho agora há pouco: " o tema é dos mais importantes, mas este único texto sobre o assunto tem sido circulado à exaustão, em várias Listas docentes, sem um maior escrutínio de sua metodologia, dos dados ou das conclusões.
Gostaria primeiramente de ressaltar que o trabalho não é assim tão recente. Trata-se de uma dissertação de Mestrado, defendida em junho de 2011, no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Pará.
A dissertação tem 102 páginas, majoritariamente voltadas para discussão bibliográfica. Os dados da pesquisa propriamente dita ocupam seis páginas (pp. 80-86), seguidas de novas discussões de caráter bibliográfico. O próprio autor afirma que "por meio desses dados não é possível inferir que as causa desses adoecimentos [mentais] (...) esteja relacionada ao trabalho" (p.86) e deixa essa possibilidade como "hipótese" para trabalhos futuros.
Com todo o respeito pelo trabalho, aliás aprovado com menção "Excelente", sugiro que os/as colegas acessem a íntegra do texto e tirem suas próprias conclusões.
Está disponível em:
http://repositorio.ufpa.br/jspui/bitstream/2011/2806/1/Dissertacao_TrabalhoDocenteSaude.pdf". Professor Marcos, com todas as minhas desculpas por não ter solicitado formalmente autorização. Mas, como forma de provocar reflexão, seu texto é perfeito. Parabéns!


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