É
espantoso que nós, os cientistas, ainda tenhamos uma estrutura de pensamento
que nada tem que ver com a Ciência. Assim como se espalhou a notícia da greve
da Polícia Militar (PM), em Manaus, e muitos de nós entrou em pânico. Da mesma
foram, quase sempre volta o assunto do "adoecimento dos professores".
E, também quase sempre, se atribui ao exercício da profissão o adoecimento.
Ainda bem que temos colegas criteriosos como o professor Marcos Palácios, da
Universidade Federal da Bahia (UFBA) que, em uma das listas das quais
participo, mandou este recadinho agora há pouco: " o
tema é dos mais importantes, mas este único texto sobre o assunto tem sido
circulado à exaustão, em várias Listas docentes, sem um maior escrutínio de sua
metodologia, dos dados ou das conclusões.
Gostaria
primeiramente de ressaltar que o trabalho não é assim tão recente. Trata-se de
uma dissertação de Mestrado, defendida em junho de 2011, no Programa de
Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Pará.
A
dissertação tem 102 páginas, majoritariamente voltadas para discussão
bibliográfica. Os dados da pesquisa propriamente dita ocupam seis páginas (pp.
80-86), seguidas de novas discussões de caráter bibliográfico. O próprio autor
afirma que "por meio desses dados não é possível inferir que as causa
desses adoecimentos [mentais] (...) esteja relacionada ao trabalho" (p.86)
e deixa essa possibilidade como "hipótese" para trabalhos futuros.
Com
todo o respeito pelo trabalho, aliás aprovado com menção "Excelente",
sugiro que os/as colegas acessem a íntegra do texto e tirem suas próprias
conclusões.
Está
disponível em:
http://repositorio.ufpa.br/jspui/bitstream/2011/2806/1/Dissertacao_TrabalhoDocenteSaude.pdf".
Professor Marcos, com todas as minhas desculpas por não ter solicitado
formalmente autorização. Mas, como forma de provocar reflexão, seu texto é
perfeito. Parabéns!
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