Meu
colega professor Daniel Nascimento e Silva, em um dos seus artigos semanais dos
quais nem me recordo o nome, disse uma coisa que guardo registrada: "O
controle é fundamental no processo gerencial e funciona como um remédio: a dose
tem que ser precisa, porque, se aumentar, pode matar a organização; se for
menor, torna-se inócua.” Não há dúvidas de que uma dose de controle inócua pode
levar a organização à bancarrota. Qualquer que seja o tipo de organização. Nas
organizações públicas há outro desafio ainda maior: não deixar que os
colaboradores confundam descentralização de poder com perda total e completa da
autoridade. Assim como há necessidade de uma dose certa de controle, a dose de
descentralização não pode ser tamanha que os colaboradores confundam com a
falta do exercício do poder e nem tão pequena que pareça autoritarismo e
centralização. Em doses equivocadas, o controle demasiado pode provocar descontrole,
assim como a descentralização excessiva pode levar os colaboradores a imaginar
que possuem mais poder (e autoridade) do que realmente possuem. Prova de que os
desafios da administração, principalmente da Administração Púbica, são muito
mais complexos do que se nos apresentam.
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