quinta-feira, 10 de abril de 2014

O mundo como a biruta da Educação

Digo, repito e insisto: não haverá nenhuma mudança na Educação brasileira se o foco for nos professores, nos pessoal de apoio e, por fim, talvez, nos estudantes. E não falo nenhuma novidade. Embora não diga com todas as letras, focar no estudante era exatamente o que pregava Paulo Freire, numa espécie de mantra da Teologia da Libertação voltada à Educação. Acontece que chegamos ao Século XXI e não nos libertamos da "velha prática desbotada ou coisa assim". A Internet, por meio das Mídias Digitais, quebrou a espinha dorsal do modelo professoral (e bancário da Educação, só para não dize que não falei de Paulo Freire). Não há mais espaço, na sociedade da informação, para aquele professor (ou professora) que era o senhor de todos os conteúdos e os estudantes os fiéis depositários da sabedoria do mestre. Deslocar o foco para o estudante, para fora da sala de aula, ou seja, para o mundo, como propôs Freire, é romper, definitivamente, com a ideia de que o que nos indica o caminho para a vida é o saber professoral. O poder supremo do saber não é mais do pai nem da mãe. Muito menos do professor (ou da professora). É preciso mudar a perspectiva do olhar. Centrar o foco da Educação no processo da troca de saberes, da troca de experiências com o mundo. Tirar a sala de aula da sala de aula e levá-la para o mundo é a senha. Só quando o mundo for o espaço efetivo da aprendizagem e pudermos romper com o centralismo nada democrática da sala de aula como centro do universo do saber, teremos uma luz a nos servir, pelo menos, de biruta.


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