quarta-feira, 13 de agosto de 2014

IMPA: o mais avançado Instituto brasileiro

O prêmio ganho pelo matemático brasileiro Artur Ávila, de 35 anos, é um exemplo lapidar de que o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) deveria servir de modelo para a Educação brasileira pela ousadia e capacidade de derrubar os muros do preconceito e inovar. O primeiro dado que deve chocar profundamente os carolas da Educação brasileira é o do próprio Presidente do IMPA, César Camacho. Doutor em Matemática em Berkeley, nunca obteve um diploma de graduação. Chegou ao doutorado por competência, sem ter de "passar" pela Graduação. Para os reacionários que defendem a ideia atrasada de que, na Educação, se deve subir degrau por degrau, o exemplo de Camacho é um golpe com uma cruz de madeira no coração de um vampiro. No IMPA, 20 estudantes concluíram o Mestrado sem que tenha "terminado" a Graduação. Para deixar os reacionários ainda mais em polvorosa, o o IMPA também possui 10 estudantes de Doutorado que cursam paralelamente a Graduação com Bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Para se ter uma ideia do nível de excelência do IMPA, há duas vagas para Pesquisador da Instituição. Há 85 candidatos do mundo inteiro. Com a ousadia e tudo o que a nossa visão reacionária e preconceituosa de Educação rechaça, o IMPA conseguiu o "Nobel" de Matemática com Artur Ávila, doutor no IMPA aos 21 anos. Talvez seja necessário mudarmos a nossa visão tosca de Educação antes que tenhamos de chegar ao fundo do poço. E, se chegarmos, é bem possível nunca mais sairmos.


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