O prêmio
ganho pelo matemático brasileiro Artur
Ávila, de 35 anos, é um exemplo lapidar de que o Instituto Nacional de
Matemática Pura e Aplicada (IMPA) deveria servir de modelo para a Educação
brasileira pela ousadia e capacidade de derrubar os muros do preconceito e
inovar. O primeiro dado que deve chocar profundamente os carolas da Educação
brasileira é o do próprio Presidente do IMPA, César Camacho. Doutor em Matemática
em Berkeley, nunca obteve um diploma de graduação. Chegou ao doutorado por
competência, sem ter de "passar" pela Graduação. Para os reacionários
que defendem a ideia atrasada de que, na Educação, se deve subir degrau por
degrau, o exemplo de Camacho é um golpe com uma cruz de madeira no coração de
um vampiro. No IMPA, 20 estudantes concluíram o Mestrado sem que tenha
"terminado" a Graduação. Para deixar os reacionários ainda mais em
polvorosa, o o IMPA também possui 10 estudantes de Doutorado que cursam
paralelamente a Graduação com Bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (Capes). Para se ter uma ideia do nível de excelência
do IMPA, há duas vagas para Pesquisador
da Instituição. Há 85 candidatos do mundo inteiro. Com a ousadia e tudo o
que a nossa visão reacionária e preconceituosa de Educação rechaça, o IMPA
conseguiu o "Nobel" de Matemática com Artur Ávila, doutor no IMPA aos
21 anos. Talvez seja necessário mudarmos a nossa visão tosca de Educação antes
que tenhamos de chegar ao fundo do poço. E, se chegarmos, é bem possível nunca
mais sairmos.
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