quinta-feira, 25 de maio de 2017

Não aprendemos com 1964

As cenas de ontem e as temerices do presidente Michel Temer (PMDB), ao reagir contra os manifestantes com um novo AI 5 demonstram claramente uma coisa: não aprendemos com 1964 nem com os sombrios anos seguintes da ditadura militar que se instalou no País. A máxima de que a história se repete como tragédia está diante dos nossos olhos e não temos conseguido enxergar. Quando tempo demoramos para sair do buraco anterior que nos metemos? Quantas vidas foram necessárias, de todos os lados do espectro, para que voltássemos a ter o direito de manifestar livremente nosso pensamento? Seremos obrigados a derramar sangue de inocentes e guerreiros para salvar o Brasil de uma nova ditadura? O lado deles, o de lá, o das temerices, parece ter aprendido rigorosamente cada passo. É o que tenho visto ultimamente. E nós, do outro lado, “pegamos corda” e caminhamos, juntos para o abismo. Quem ganha com a volta de um regime de exceção que, parcialmente, já se instalou no País? Nem a sociedade nem a democracia ganham. Disto tenho plena certeza. Já sabemos o que nos espera. Deixaremos chegar lá? Eis a questão.


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