terça-feira, 23 de maio de 2017

O limite entre o jornalismo e os patrocínios

Hoje, em rede nacional, no programa jornalístico de maior audiência, a Rede Globo de Televisão, ao que parece, ainda que nas entrelinhas, deixou claro que tem um nome para substituir Michel Temer (PMDB) que, ela, como por milagre, descobriu que não serve mais para o Brasil: é Henrique Meirelles, o ministro da economia. Cenas de um seminário do qual o ministro participava, em São Paulo, foram exaustivamente mostradas durante o jornalístico da emissora. Além deste fato, chamou-me a atenção o patrocinador do evento, por mais que os ângulos das tomadas tentassem esconder: ninguém menos que a Construtora Norberto Odebrecht. Tanto uma situação quando a outra deveriam ser motes para discussões nas salas de aulas dos cursos de jornalismo Brasil afora. Um emissora tomar posição como se viu e se vê é postura eticamente aceitável? O tal patrocínio da Odebrecht era ao evento ou, também, ao jornalístico? Por força do fato jornalístico, a emissora teve de “engolir” o patrocinador? Ou tinha interesse? Há uma distância entre o que os donos das empresas pensam e o que decidem com os patrocinadores que nem nós, os jornalistas, entendemos. Nos cursos de jornalismo, porém, não é pecado discutir tais problemas.


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