Nos últimos dias tenho pensado muito
sobre sabedoria, não apenas como “acúmulo de conhecimento”. Muito menos como
mera soma de idade, de experiência. Dia-a-dia, após enfrentar vitórias e
derrotas recentes, passei a entender sabedoria, principalmente, como resultado
do crescimento emocional. Aos 53 anos, não dá mais para agir (ou reagir) feito
um adolescente amuado. Sabedoria talvez seja a capacidade que adquirimos, ao
longo dos anos, de lidar com desafios e perdas do mesmo modo. Ou seja, com
racionalidade, avaliando prós e contras, assim como respeitando e reconhecendo
os valores dos outros. Parece pouco. E talvez o seja. Quando se exercita este
processo de avaliação e análise permanente ao longo de todas as decisões a
serem tomadas, se começa a entender o que é e de onde vem a sabedoria. Como se
pode antecipar esta, digamos, visão iluminadora? O pensamento científico,
talvez, seja capaz de nos antecipar em alguns anos a sabedoria que precisamos
para o processo de tomada de decisão ao longo da vida.
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