Foram tantas e tantas vezes que
juntos, em casa, eu e meus irmãos, rimos e fizemos rir, com certo deboche, da
nossa mãe, Clotilde Alves Vieira Monteiro, “pelo gosto dela por mortos”.
Atualmente, nem tanto, mas, nunca conheci alguém que goste tanto de participar
de velório quanto ela. E o faz com sentimento, com dor profunda. E mesmo quando
não participa do velório, chora e joga um ramo verde todas as vezes que vê um
enterro passar. Talvez a idade nos deixe mais “sentimentaloides”, mas, o certo
é que não aprendi a lindar com a morte. Nem mesmo com a morte em vida (daquelas
pessoas que se fazem importantes em minutos e nunca mais veremos). Como não
sabemos lidar, resta-nos o deboche. Não em relação à mãe, nossa mãe, mas, à
morte. É como se o riso fosse um desafio. Ou a crença de que ela, a morte, leva
primeiro os entristecidos. Sabe-se lá!
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