domingo, 28 de maio de 2017

Para aprender a lidar com a morte

Foram tantas e tantas vezes que juntos, em casa, eu e meus irmãos, rimos e fizemos rir, com certo deboche, da nossa mãe, Clotilde Alves Vieira Monteiro, “pelo gosto dela por mortos”. Atualmente, nem tanto, mas, nunca conheci alguém que goste tanto de participar de velório quanto ela. E o faz com sentimento, com dor profunda. E mesmo quando não participa do velório, chora e joga um ramo verde todas as vezes que vê um enterro passar. Talvez a idade nos deixe mais “sentimentaloides”, mas, o certo é que não aprendi a lindar com a morte. Nem mesmo com a morte em vida (daquelas pessoas que se fazem importantes em minutos e nunca mais veremos). Como não sabemos lidar, resta-nos o deboche. Não em relação à mãe, nossa mãe, mas, à morte. É como se o riso fosse um desafio. Ou a crença de que ela, a morte, leva primeiro os entristecidos. Sabe-se lá!


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