O sigilo da fonte era preceito
constitucional, até então, intocável. O vazamento da conversa do jornalista
(cruz, credo) Reinaldo Azevedo fere de morte o bastião de qualquer democracia:
a imprensa livre. A partir do momento que até a conversa de um jornalista pode
ser grampeada, o estado democrático de direito resta prejudicado e se instala
um estado policialesco. O Brasil, se já não vive este momento, está no liminar.
As operações da Lava Jato especificamente relacionados ao grampo de um
Presidente e de um jornalista no exercício pleno da sua profissão e em conversa
não relacionada com o objeto da investigação são inconcebíveis em uma
democracia. Vazar tais gravações, mais ainda. Ao que parece, passamos do estado
democrático de direito para um regime policialesco, quase de exceção. Há perigo
gravíssimo no ar!
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