sexta-feira, 9 de março de 2012

Administrar é, antes de tudo, um ato de amor


A cada dia que passa e quanto mais aprofundo as leituras sobre a teoria da complexidade e dos caos, aí inclusa a teoria sistêmica, e a teoria da amorosidade, mais consolido a convicção de que administrar, acima de tudo, é um ato de amor, de entrega, de acolhimento. E o ato de amor mais importante advindo do ato de administrar é o ato de educar. Porque, se administrar é um ato de amor, fazê-lo pedagogicamente, como exemplo para a comunidade, é o nosso maior desafio. Há uma pessoa na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) com a qual troco intensamente ideias sobre essa miríade de teorias, muito embora pouco aprofundemos o quão complexo é administrar uma universidade. Hoje ele é o Pró-reitor de Extensão e Interiorização, professor Frederico Arruda. Mantemos uma relação de respeito e admiração mútua há tempos. E isso não o obriga a me seguir quando sou candidato nem que eu o sigo quando ele tiver em outra trincheira. Esse, talvez, seja um exemplo clássico do ato de amor que é administrar, inclusive, as relações pessoais e de trabalho. Esse é o legado que podemos deixar para as gerações futuras dentro da Ufam: é possível divergir figadalmente, porém, manter o respeito à dignidade e às diferenças. Em não sendo assim, transformamos o processo de escolha dos dirigentes das organizações em algo amargo, que faz mal para o fígado e para a alma. Em uma universidade, estar em lados opostos não significa que sejamos inimigos. Dar o direito ao outro de divergir, às vezes, é tão doloroso que chega a ferir a alma. Exercitar a amorosidade, no entanto, é praticar plenamente o direito à liberdade. Façamos da nossa convivência dentro das organizações, especialmente da Ufam, um exercício de amorosidade. Só assim poderemos transformar o ato de administrar em um ato educativo contínuo.

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