quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

A visão tradicional no processo de educar

Há que se avançar, com urgência, para uma nova visão na Educação brasileira, em todos os níveis. Um dos mais equívocos é imaginar que se pode, no Ensino Superior, imaginar que os estudantes que chegam possam se adaptar, imediatamente, ao modelo totalmente diferenciado que existe, apenas, na cabeça da maioria dos professores. A mesma turma que considera o modelo de educação superior diferenciado é que de defende, com unhas e dentes, que os estudantes são autônomos por terem chegado à universidade. Ledo e atroz engano! O exercício da autonomia e da liberdade é um processo. Quem vem do berço, passa pelo Ensino Básico e Ensino Médio e, em tese, deveria existir no Ensino Superior. Acontece que, digamos, derramar conteúdos em sala de aula e pensar que os estudantes são maduros e autônomos a ponto de fazer o que Edgar Morin chama de “religação dos saberes” por conta própria é típico da visão tradicional de Educação travestida de visão moderna. No processo de religação dos saberes o estudante precisa sim, de nós, os professores e professoras. Aliás, é só para isso que eles de nós precisam. Ou tomamos consciência disso ou partiremos sempre do pressuposto de que o sistema educacional brasileiro educa para a autonomia e para a liberdade. E, em verdade, vos digo. Acreditar nesta utopia é, no fundo, não querer que haja autonomia em nenhum dos níveis da Educação no País.


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