domingo, 30 de março de 2014

A aprendizagem e a sala de aula

Não é de hoje que digo e repito que a sala de aula é o pior ambiente de aprendizagem. E este mantra serve para os níveis fundamental, médio e superior. Quando falei sobre "A síndrome dos 200 dias letivos" foi para provocar efetivamente um debate sobre o tempo que se passa em sala de aula nas universidades brasileiras. Quando se discute retenção e evasão, principalmente nas universidades públicas, pouco se fala nesta espécie de massacre ao qual os estudantes são sobmetidos ao longo do ano. Em nenhum País bem-sucedido do mundo o estudante passa tanto tempo em sala de aula. Se estar em sala 200 dias fosse uma variável segura de qualidade na Educação, os estudantes brasileiros seriam campeões em todos os testes realizados ao redor do mundo. Os 200 dias efetivos de sala de aula só faziam sentido quando o professor (ou professora) era o centro do universo do saber. Por ele passavam todas as informações a respeito do mundo. Hoje, o poder supremo do professor se esvaiu. Diante de tanta facilidade de acesso às informações, o papel do professor é outro. Passar cinco horas por dia, durante 200 dias, a ouvir (ou fingir que ouve) o professor, revela-se cada vez mais contraproducente. É preciso aproximar a sala de aula da vida, do mundo. Sob pena de a própria sociedade ser vítima do modelo atual de Educação.


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