O princípio básico da impessoalidade exigido em qualquer seleção pública
não parecer sem bem-visto na universidade brasileira. Mais ainda na
Pós-graduação, principalmente quando se trata de selecionar candidatos para
ingresso nos programas. Em geral, há uma defesa quase cega de que se deve
decidir o ingresso ou não de um candidato aos programas de Pós-graduação por
meio de uma entrevista. A centralidade do argumento está no fato de que o
projeto pode não ter sido elaborado pelo candidato e, com a entrevista, se
descobre esta "peculiaridade". Se não é um equívoco, só pode ser
má-fé, porque não há nada mais pessoal do que uma entrevista. E, entendo, não
haver lógica nenhuma em se definir o ingresso ou não de alguém, por meio de uma
entrevista, baseada em um projeto que, no mais das vezes, é totalmente
modificado (ou até completamente abandonado) no transcorrer dos estudos. Por
outro lado, os mesmos pares que adoram a pessoalidade para selecionar
ingressantes nos Programas de Pós, detestam-na quando se trata do exame dos
vossos artigos pelas revistas científicas. Defendem, com unhas e dentes, a
chamada "avaliação cega". Ora, nada mais justo do que uma avaliação
cega em todos os níveis. Caso contrário, a impessoalidade será meramente uma
lenda.
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