À
parte a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), que preconiza a
educação democrática e inclusiva, o que se vê nas universidades brasileiras é
um fantasma que teima em se levantar do túmulo para assombrar estudantes,
muitas vezes vítimas de péssimos coordenadores e cursos e das armadilhas postas
por professores (e professoras) ao longo do percurso, para que eles (os
estudantes) sintam o amargo gosto da derrota: a reprovação. Uma reprovação em
alguns cursos cuja disciplina é sempre pré-requisito da outra pode significar,
ainda que não se queira, um fantasma ainda mais poderoso: o do jubilamento.
Jubilar um estudante é expulsá-lo, no mais das vezes, contra sua vontade, muito
embora alguns só demonstrem "querer estudar" após serem desligados. A
lógica do desligamento, porém, é administrativa e não pedagógica. Entendo que,
em se tratando de uma universidade, deveria prevalecer sempre o pedagógico para
além de todas as visões. Ao que parece, no entanto, vigora uma regra a lá
Michael Focault, de "vigiar e punir". O problema é mais complexo do
que simplesmente expurgar estudantes. E precisa ser enfrentado urgentemente
pelas universidades brasileiras.
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