terça-feira, 18 de março de 2014

Entre a centralização e a descentralização

Há uma dilema shakespeariano a ser enfrentado por quem assume cargos de gestão no serviço público: centralizar ou não centralizar: eis a questão! Quem delega poder além do considerado trivial pelos ditos "manuais de Administração" é tido como pouco eficiente. Em outras palavras, delegar tarefas, portanto, poder, é visto como sinal de "pouco controle". Por outro lado, quem não delegada nada é visto como centralizador e autocrático. O que provoca o dilema? O fato de que, no serviço público, por mais que haja planejamento detalhadamente estratégico, ainda se administra "por surtos" (ou, talvez, sustos). As demandas chegam sempre "para ontem" e as respostas exigidas são para já. Dessa forma, ao que parece, não se pode nem centralizar demais nem delegar de menos. O desafio, portanto, é encontrar um equilíbrio no processo para que as atividades não terminem sobrecarregando que deveria ocupar postos estratégicos e terminam por se prender às atividades operacionais e deixar de planejar. Quando isso acontece, todos perdem.


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