Durante
muitos anos as universidades brasileiras formaram médicos e especialistas nas
várias áreas do que se convencionou chamar de Ciências da Saúde. Foi um período
de foco tamanho na especialização que se chegou a um ponto de os planos de
saúde, no caso dos tratamentos odontológicos, solicitarem primeiro o parecer de
um especialista. E ele indicava um odontólogo para tratar o canal, outro para o
caso de se precisar de aparelhos, outro para fazer a restauração e assim
sucessivamente. Na área médica não foi diferente: passaram a sair
oftalmologista, dermatologistas, cirurgiões plásticos e quetais que pudessem
gerar riquezas. Principalmente aos próprios especialistas. Se ainda não mudaram
na odontologia, na medicina, os burocratas de Brasília descobriram (talvez
tarde demais), que nenhuma política pública de saúde funcionariam com as
universidades formando apenas especialistas. Mudou-se o foco da formação para
Clínicos Gerais e que cada um se especializasse após a formação. Em tese, é o
correto: não cabe a nós, a sociedade, financiarmos especialidades e sim médicos
capazes de fazer valer as políticas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS).
É, porém, uma discussão que não nos parece terminar por aqui. Esperemos!
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Este problema existia no Canada em 2001 quando morei lá. Ninguém quer ser clinico geral pois ganha menos e é menos valorizado.
ResponderExcluirMesmo sem o apoio das universidades os alunos vão continuar a se especializar.