Sou
daqueles que defendo a plena liberdade de formação por entender que o
conhecimento existe e pode ser apreendido sempre por quem se dedica em
aprofundar, digamos, "o fazer". Embora a liberdade seja plena no que consumo
chamar de processo de aquisição do conhecimento, no entanto, jamais será plena
no exercício profissional. Vejamos um exemplo prático: é perfeitamente normal
que exista médico dedicado às Letras, excelente poeta ou escritor, sem nunca
ter cursado o Letras. As habilidades podem ser tranquilamente ao longo do
curso, ou até antes de ele ser médico. Pela especificidade do curso de
medicina, é pouco provável, porém, que um estudante de Letras, por mais que
seja dedicado a estudar medicina ao longo do processo de formação, que se torne
um médico habilidoso. O fazer médico é diferente do fazer literário. No limite,
as duas habilidades podem ser adquiridas sem que se passe pela escola. No
entanto, dificilmente um bom médico cirurgião se forma sem a prática das
cirurgias. Assim sendo, se pode concluir que a atuação profissional tem limites
e deve se concentrar no campo de atuação de cada profissional no caso de
formações extremamente técnicas como é o caso da medicina. Porém, ainda que
seja no caso da medicina, o que o mundo do trabalho quer hoje é um profissional
com capacidade para ler o próprio mundo e não ser meramente um "passador
de receitas" ou atestado médico. Se a atuação profissional tem limites, o
conhecimento não.
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