Por
mais que combatamos o preconceito em todos os matizes de suas manifestações,
não será tão fácil superá-lo. Ele, ao que parece, está nas entranhas, e não
apenas nas entrelinhas, do que fazemos, escrevemos ou dizemos. Todos nós, incluo-me
no grupo dos desavisados, ainda cometemos alguns deslizes, que, se levados à
cabo, podem nos levar a receber a pecha de preconceituosos. Talvez, como disse,
porque o preconceito ainda esteja dentro de cada um de nós, apesar da feroz
luta diária para nos libertarmos. Não é simples pois, no mais das vezes, o
preconceito é parte da nossa cultura. No machismo ainda predominante, na
homofobia que tentamos negar, nas relações diárias carregadas de nuances
preconceituosas. Não é raro, por exemplo, ouvirmos a expressão "coisa de
mulher", como quase nunca se ouve "coisa de homem". São
expressões que relacionam fraqueza à mulher e fortaleza ao homem. Ainda não se
conseguiu eliminar o elevador de serviço dos prédios. Discursos homofóbicos
ganharam força logo após o resultado das eleições. Assim como houve uma relação
aos mais pobres, como se tudo o que houvesse de ruim no País fosse
"culpa" dos menos afortunados. O Bolsa Família, na maioria das vezes,
foi chamado de Bolsa Miséria. O Bolsa Petrolão não parece provocar a mesma ira.
Talvez seja a hora de revermos nossos conceitos e preconceitos. Antes que seja
tarde para nós mesmos.
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