Hoje,
dia 31 de outubro de 2014, faz quatro anos da morte do meu pai, Pedro Paulo
Guedes Monteiro, vítima do descaso com que um médico deixou de atendê-lo no
Hospital João Câncio Fernandes, em Sena Madureira, minha cidade natal, no Acre.
A soma do descaso do médico com a falta de itens básicos no Hospital (descaso
da Prefeitura e do Governo do Estado) levaram meu pai a falecer. Não fossem
parcos exemplos que ele nos deixou e a formação profunda nos dada pela nossa
mãe, Clotilde Alves Vieira Monteiro, muito provavelmente estaríamos a defender
a retirada do escalpo do médico. Reagimos na forma que se deve reagir em um
Estado democrático de direito. Quatro anos se passaram e nada foi feito: nem
para melhor a estrutura do Hospital, nem para punir o médico. O que resta o
episódio: a lição de que respeitar os princípios basilares da democracia é
muito fácil quando não se vive o problema. Quando o problema é na sua casa, com
o seu pai, a dor é muito mais intensa. Porque a democracia dos afetos e das
relações não é feita só de amores. Em alguns casos, a dor bate à porta. E é
isso o que a Escola não ensina: tolerância e respeito ao outro é um processo de
aprendizagem constante. A Escola pode até participar deste processo, mas, só a
vida, com suas dores e amores, nos ensinam. Que o meu pai descanse em paz com a
certeza de que nenhum dos seus filhos fugiu à luta ou fugirá.
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OBS:
Post do dia 31/10/2014
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