quinta-feira, 29 de outubro de 2015

O cada vez mais negócio-Educação

O fato de hoje ser gestor na Universidade Federal do Amazonas (UFAM) não me fez mudar de ideia ainda. Não vejo a Educação como negócio. Logo, não se pode fazer concessão para a exploração pela iniciativa privada como se faz, por exemplo, com o transporte coletivo. É, no fundo, o que se tem defendido hoje. Chega-se ao absurdo de dizer que o Ensino de graduação deve ser transferido totalmente para a iniciativa. O papel das universidades públicas seria desenvolver a Pesquisa e a Pós-graduação. Pois não é que esta visão, que considero completamente equivocada, mudou! Com o pagamento de mensalidades no Mestrado Profissional, a iniciativa privada passa a concorrer com as instituições públicas em um nicho de mercado que, antes, era público e não funcionava de acordo com a lógica do mercado. Nitidamente, o que se quer é reduzir, ao máximo, o uso dos recursos federais na Educação Superior. E fazer com que a Educação se transforme em negócio, em todos os níveis. Aos poucos, nem bolsas a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) oferecerá. Regulará apenas o “mercado”. Será uma espécie de CADE da Educação. Quem viver, verá!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.