Desde que iniciei
estudos mais aprofundados sobre Metodologia da Pesquisa Científica, a ponto de
publicar um livro, Guia
para a elaboração de trabalhos acadêmicos, dissertações e teses (segunda
edição, Edicon, 2002), o fiz com uma convicção: as normas técnicas só existem
para que o pesquisador, de forma simplificada, demonstre sua ética intelectual.
E qual é a demonstração mais clara desta ética intelectual? A citação das
fontes nas quais o pesquisador “bebeu”. As normas, portanto, não passam de um
padrão, de uma formatação geral mais aceita pelos pares, pela comunidade
científica. Citar, ao nosso ver, não passa de uma forma claramente definida de
se demonstrar a ética intelectual. A prática de respeitar o trabalho o outro,
no entanto, não pode ser cobrada somente na universidade. Desde cedo, o
estudante precisa ser acostumado a citar as obras como forma de respeitar o
esforço acadêmico alheio. Em assim não sendo, as normas técnicas não passam de
entulho.
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