sábado, 17 de outubro de 2015

Pilares que não existem na universidade

Dia desses li o comentário de uma estudante de Pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) com tantos equívocos de dar dó. Dizia ela que certo professor, considerado por ela “um dos pilares da UFAM”, propagava que seu Programa “era inovador”, mas, “não levava em conta” as dificuldades que os estudantes passavam. Ponto de discórdia número um: não há professor nenhum, ou professora, que seja pilar de uma universidade. A base de qualquer universidade é o processo decisório democrático. Logo, as decisões são tomadas em Coordenações (colegiadas) e Conselhos. Não há pilares assim como não há professor nenhum que seja dono de quaisquer programas de Pós-graduação, muito embora, em alguns casos, muitos façam parecer que é assim que funciona. Por fim, o mais grave equívoco: o fato de uma proposta de programa ser inovadora, não garante que os estudantes do Programa não possam enfrentar dificuldades. Com cortes de 75% promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e o recadastramento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), que também significa cortes, é pouco provável que os estudantes, bem como os programas, não tenham dificuldades. Pilares, em qualquer programa de Pós-graduação, são as pesquisas e seus estudantes. Que podem (e devem) ser inovadores sempre. Ainda que o ambiente seja de crise.


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