A palavra, escrita ou dita, muita das
vezes, nos torna reféns dos nossos próprios venenos. Talvez, por isso, a
sabedoria popular aconselhe a “escutar mais e falar menos”. Há que diga,
inclusive, que temos uma bocas e duas orelhas porque a “matemática de Deus”
confirma o dito popular. Por exemplo, às vezes somos tão radicais na defesa dos
nossos princípios que anulamos quaisquer qualidades do outro. Há modo pior de
se cair na própria armadilha, de beber do próprio veneno que esse? A mesma mão
empunhada, o mesmo punho forte que grita pela mudança, defende a rigidez da
tradição. Pela declaração universal dos direitos destas pessoas, seremos bons,
maravilhosos, adoráveis... desde que, pensemos iguais a eles. Ainda bem que tal
veneno não mata!
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