A tentativa de se manipular a opinião
pública por meio da palavra não é de hoje. O filósofo Aristóteles (385-322
a.C.) já alertava para o que chamou de “estrutura do pensamento”: baseada em proposições
e argumentos. O filósofo propunha organizar o pensamento de forma lógica. E
chamou de falácia ou sofisma o uso de argumentos aparentemente verdadeiros para
se chegar a uma conclusão falsa. Eis que o resultado do primeiro turno da
consulta à comunidade da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) é divulgado.
Uma chapa chegou em primeiro lugar com mais de 41% dos votos válidos. O segundo
colocado chegou com 34% dos votos e a terceira colocada com 25%. Somar o
resultado das duas chapas não vencedoras e dizer que “a UFAM votou pela mudança”
é raciocínio falacioso: um sofisma, para não se dizer, uma mentira. Se o
raciocínio exposto tivesse o mínimo de lógica, eu também poderia somar o
resultado de quem ficou em primeiro lugar com o que ficou em terceiro e dizer
que “a maioria absoluta da UFAM não quer os componentes da chapa que obteve 34%
dos votos”. Vendedores de ilusões são sempre perigosos. Os falaciosos são mais
perigosos ainda. Todo o cuidado é pouco!
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