quarta-feira, 23 de agosto de 2017

A viseira das universidades públicas

O mundo mudou e as universidades parecem não querer ver ou se esforçam, principalmente as brasileiras, para se manter como a vanguarda do atraso. O Ensino, por exemplo, com raríssimas e honrosas exceções, é o mesmo desde que o mundo é mundo e as primeiras embarcações singraram o mar rumo à Américas. A Pesquisa, também com raríssimas exceções, não passa de uma estratégia de carreira: o Doutorado serve para engodar os rendimentos de professores e professoras com dedicação exclusiva. A Extensão, em muitos casos, é uma Pró-reitoria de Comunicação Organizacional envergonhada e a Inovação, vendida com a salvação da universidade, não passa de uma estratégia rasa de captação de recursos. No capitalismo, digamos, mais puro, a Inovação não cabe às universidades, mas, às empresas. E esta é uma tendência cada vez mais presente em todos os rincões do Planeta. Sinal de que, quando este braço começa a ganhar muita força dentro das IES, o modelo de universidades está a um passo da mudança completa e as pessoas ainda não perceberam. A universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada arqueja na UTI de Brasília. E nós, nas universidades, nem sentimos o sangue se esvair das veias.


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