sexta-feira, 4 de agosto de 2017

O doutorado e a falta de mistérios

Definitivamente, não é questão de inteligência (ou a falta dela) a obtenção ou não do título de doutor. Trata-se, no mais das vezes, de muita perseverança, foco e dedicação aos estudos. Com a expansão do acesso à Educação Superior e dos programas de Pós-graduação, as chances aumentaram muito. Portanto, ser doutor (ou doutora) hoje, no Brasil, não é estar em nenhum Olimpo, muito embora alguns e algumas se considerem deuses e deusas. Ser doutor ou doutora é defender uma tese, um trabalho que deve ser inédito e aprofundado ao extremo em determinada área do conhecimento. Nada a mais que isso. Às vezes, inclusive, fecha-se tanto o foco que se fica bitolado ao estudo feito. Erro crasso para quem obtém o título. Depois de tê-lo, deve-se, de novo, olhar o mundo e ampliar horizontes. O fato de ser doutor, no entanto, não transforma ninguém em cientista ou pesquisador. Muitos doutores, aliás, nas universidades brasileiras, nem se vinculam aos programas de Pós-graduação. Distinguir título da prática da ciência é algo que se precisa fazer, com urgência, no Brasil, caso se queira uma ciência de qualidade. Mas, esta é outra discussão.


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