sábado, 19 de agosto de 2017

Categorias profissionais e as universidades

Erra, de forma grave, a universidade que foca, inclusive, na comunicação, categorias profissionais e não cientistas. A universidade não existe, apenas, para formar pessoas dirigidas ao “mundo do trabalho”. Quem assim age, assume, com todas as letras, que a universidade é um espelho da sociedade. A Instituição de Educação Superior (IES) que se preza, centra o processo de aquisição de conhecimentos na formação para a vida. Categorias profissionais são guetos organizados que se apoderaram de todos os processos, inclusive de concessão de bolsas, dentro da estrutura educacional do País, para defender as próprias corporações. A universidade que se baseia apenas no interna corporis opta por se apequenar diante do mundo e da vida. Não se trata de negar o saber profissional e técnico. No entanto, o que se faz em uma universidade não pode ser reduzido, apenas, à máquina de formar profissionais. Na minha cabeça, inclusive, já tínhamos superado esta fase. Ledo engano: as corporações encrustadas no âmago das universidades ainda a carregam de volta ao início de tudo: quando existiam apenas para carimbar diplomas das categorias mais organizadas como a dos advogados e médicos, por exemplo.


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