segunda-feira, 30 de março de 2020

O que não se deve aprender com o vírus

Há uma visão romântica (ou romantizada) sobre a CONVID-19. É como se o surgimento do Coronavírus seja o “final dos tempos”, o apocalipse bíblico, ou seja, um acontecimento para “tornar as pessoas melhores”. O que tenho visto, são pessoas cada vez piores. A ponto de o presidente da República ir para a televisão dizer que é preciso acabar com o “isolamento social” porque as mulheres estão apanhando dentro de casa. Isso depois de ter dito que se deve enfrentar o “vírus como homem”. Ora, se há homens que ficam em casa e agridem as mulheres por estarem em casa, em quarentena, como vírus vai melhorar alguém? Como as pessoas vão ficar mais solidárias? O que o vírus, talvez mostre, é a pequenez da alma humana, isso sim. Há, inclusive, que use este tipo de pensamento para defender as ideias do Presidente: “A morte faz parte do ciclo da vida, infelizmente todos nós passaremos por isso, não vai ser um mero humano que vai mudar o curso da realidade!”. Em suma, um ser desumano na presidência defendido por outros desumanos. E dizem que as pessoas vão ficar melhores? Enquanto defendem a morte de milhares em função do “ciclo da vida”? Melhor é nem comentar mais nada!

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