quarta-feira, 1 de abril de 2020

A estratégia suicida de Bolsonaro

A mim me parece que Jair Bolsonaro (sem partido) não é este “bronco” e besta que tenta parecer. Ao contrário: age com inteligência (ou é muito bem-assessorado). Para muitos da “esquerda barulhenta” ele se comporta como “burro”. Na prática, o que tenho visto é Bolsonaro se aproveitando do Coronavírus para se aproximar daquela parcela de eleitores que nem quis ouvir falar nele. Por isso, deixa o Ministério da Saúde e os demais ministérios tomarem medidas duras de isolamento social ao mesmo tempo que o critica vorazmente em todas as aparições. Até a poderosa Vênus Platinada mordeu a isca de Bolsonaro: de tanto bater nele, transforma-o em vítima e faz com que a população média-baixa fique contra ela. Em suma: Bolsonaro é o único que defende os 38 milhões de brasileiros que vivem na informalidade, os caminhoneiros... ao mesmo tempo que afaga os empresários. Ele quer continuar no Planalto em 2022. Não tinha a menor esperança disso. O Coronavírus deu a chance que ele queria. Podem escrever: com as medidas tomadas Brasil afora, inclusive por governadores da oposição, Bolsonaro poderá dizer que “ele tinha razão”, porque as medidas preventivas vão deixar a ideia de que a COVID-19 “não passa de uma gripezinha”. É uma estratégia suicida, mas, que deu sobrevida a Bolsonaro.

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