sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A universidade precisa ser repensada


É urgente que a população e o Estado voltem os olhos para o problema enfrentado pelas universidades brasileiras, em especial, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), bem como todas as outras que saíram do patamar de “universidades formadoras de mão-de-obra para o mercado” e se arvoraram na aventura de “formar cientistas para o País”. Essa mudança, enfrentada pela Ufam, por exemplo, precisa ser incorporada aos instrumentos administrativos legais da Instituição sob pena de o foco das atividades ficar centrado meramente em “ministrar aulas”. Não se pode, nem se deve avaliar o desempenho de uma universidade, nem de seus professores, apenas pelo número de aulas ministradas nos cursos de graduação ou de pós-graduação. Não se está diante de um “grupão escolar”, mas, de uma Instituição de Ensino, Pesquisa e Extensão. Esses três elementos devem estar equilibrados nas funções desempenhadas por uma professora (ou professor). Acontece que os cursos de pós-graduação não possuem as atividades neles desenvolvidas institucionalmente reconhecidas. Como pode, só para ficar em um exemplo, um coordenador de curso de graduação receber gratificação funcional e um coordenador de Programa de Pós-graduação não ter direito ao mesmo benefício? Esse é só um exemplo de como a universidade precisa ser repensada sob pena de, ao criar programas de pós-graduação, penalizar seus professores e professoras.

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