sábado, 2 de fevereiro de 2013

A Ufam tem de ser preservada


Tenho ouvido pelos corredores da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) o velho e corroído argumento de sempre: "A Ufam tem de ser preservada". Tratas-e de uma tentativa de que não se deixe expor as vísceras da baixaria que ocorre pelos corredores, principalmente em época de sucessão, como agora. Nas duas disputas das quais participei, a última foi a mais suja. Calhordas de dois grupos adversários foram tão asquerosos que passaram a invadir a minha vida particular e a "criar" estórias fantasiosas a meus respeito. Uma comprovação tácita da baixaria: chegaram ao ponto de distribuir bilhetes, em um dos debates ocorrido no auditório Eulálio Chaves, com invasões explícitas a minha privacidade. À época, eu era candidato a reitor da Ufam, não a dirigir um instituição do Capuchinhos ou a um Convento das Irmãs Carmelitas. Só pode ser cretinice associar questões da vida privada ao desempenho na direção de uma Instituição. A vida privada diz respeito ao marido e à mulher. Mais nada. Trazer assuntos desse tipo para a disputa a uma reitoria é de uma falta de caráter que não tem limites. Mas isso foi feito. Só espero que esse tipo de sujeira não volte. Ocorreu nas eleições municipais. A candidata Rebecca Garcia vou arrancada da disputa por um "dossiê" que envolvia a vida particular dela. Fui vítima e não recuei. Não se deve recuar diante de uma situação dessas. Garcia, se tivesse permanecido na disputa, teria meu voto. Não posso admitir que o machismo ainda perdure e dê direito aos homens de ter "casos" o quanto considerarem necessários e as mulheres serem condenadas por isso. Dar vazão a esse pensamento conservador e reacionário e optar pela manutenção do status quo, ou seja, do machismo. Costumo dizer que a universidade é o único lugar no qual se pode duvidar até da existência de Deus e não ser punido por isso. Não é a Ufam que tem de ser preservada. O que se tem de preservar, definitivamente, é a separação clara e límpida entre a vida particular e a vida pública. Apelar para esse tipo de argumento com o fim de ganhar uma eleição é de uma covardia sem limites. Coisa de conservador travestido de progressista.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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