Há
um dito popular contra qualquer tipo de dedo-duro que propaga: "o bom
cabrito não berra". Entre nós, com o perdão de todos os trocadilhos, o
dito deveria ser: "bom professor (ou professora), Lattes". Doce era o
tempo, e já faz muito tempo, quando nossa capacidade era medida pelas aulas que
ministrávamos e pelo "domínio do conteúdo". Atualmente pouco interessa
se você é ou não um "bom professor (ou professora)". Conta, apenas, a
produção, o índice de produtividade. Nossa capacidade intelectual é medida em
centímetros, ou metros, do currículo depositado na Plataforma Lattes. Quanto maior o Lattes,
mais "considerado" é o professor entre os pares. Antes, sem nenhum
saudosismo, apenas por uma questão de registro, o professor se desdobrava para
ser admirado pelos seus alunos (gosto mais do termo estudantes). Hoje, vale
quem tem a admiração dos colegas pelo número de artigos e livros que publica ou
pelo número de estudantes que orienta, principalmente nos programa de Pós-graduação.
Atuar em um programa de Pós "é tudo de bom". Minha colega Ivana
Bentes (@ivanabentes) publicou a seguinte nota em seu Twitter, hoje: "
O Ministério da Saúde Adverte! Capes, CNPQ e Lattes fazem
mal a saúde: "Segundo a pesquisa quanto maiores o número de produção
científica e o número de orientandos em média por ano, maiores foram as
ocorrências médias de intervenções cardíacas, doenças coronarianas e os
acidentes vasculares cerebrais (...) em docentes de Pós-Graduação,
principalmente pela falta de dieta equilibrada e balanceada, atividades físicas
(...) e visitas médicas frequentes, justificados pela excessiva carga horária
fora do expediente, para se manter os indicadores de qualidade dos cursos de
pós-graduação e de seus currículos atualizados" (Deu no Jornal da ADUFRJ
de 21/12/2012)". Que nos sirva de alerta!
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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