Seria
cômico se não fosse trágico, mas, enfim, quatro meses após o fim da mais longa
greve dos últimos tempos entre os professores e professoras das universidades
públicas federais brasileiras, o Ministério da Educação (MEC) e o jornal Folha
de S. Paulo, descobriram o porquê de termos feito a greve. A comissão mista
que avalia o processo de expansão da universidade pública brasileira,
especificamente o do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades
Federais (Reuni) entregou ao Ministro Aloizio Mercadante Oliva o relatório
final de um trabalho que começara há seis meses. E, basicamente, constatou os
mesmos problemas da falta de condições de trabalho apontado pelos professores e
professores na pauta de reivindicação que resultou na greve de 120 dias. A
comissão indicou medidas a serem tomadas para garantir "um ensino de
qualidade". Instituído em 2007, por decreto, o Reuni ampliou o número de
vagas para o ingressos de estudantes nas universidades públicas brasileiras mas
não ocorreu a expansão do número de professores e de técnicos na mesma
proporção do crescimento do número de estudantes. A crise que a universidade
brasileira enfrenta é resultado de 20 anos sem verbas para manutenção e custeio.
Uma das proposições da comissão é que seja feito um resgate desse passivo. Sem
muitos detalhes, pois só na próxima semana o relatório será disponibilizado no
site do MEC, a comissão indica que o Reuni teve problemas exatamente por
esbarrar na falta de verbas para custeio das universidades brasileiras. A
comissão, criada em julho de 2012, foi composta por dois representantes do
Ministério da Educação (MEC) e o mesmo número de representantes da Associação
Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes),
da UNE e dos estudantes de pós-graduação do Brasil. Resta saber o que será
efetivamente feito para que nós, professores e professoras, tenhamos condições
dignas de trabalho, fato que, não ocorre, nesses últimos 20 anos.
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